Este é um filme que me deixou um pouco perplexo. Não sei se essa perplexidade se deu pela forma crua em que as personagens e o meio (cenário) são apresentados, ou pelas metáforas (muito inteligentes por sinal).
Perguntei-me: por que só vi este filme agora? Confesso que temi ser mais um filme brasileiro com velhos clichês, como a visão sobre a pobreza ou mais um romance urbano cheio de dramas. Vi que não era nada disso. Logo de inicio nos vemos em um “botequim” sujo e cheio de bêbados, sendo este o cenário onde os protagonistas se conhecem. Rapidamente somos introduzidos ao estilo de vida da personagem da ótima atriz Alice Braga.
Em seguida vem uma das cenas que mais me deixou inquieto: a rinha de galos. Logo depois esta cena confirma-se enquanto metáfora no momento em que o personagem de Wagner Moura é esfaqueado. Existe aí uma profunda comparação entre homem e animal, como o homem às vezes tem que conquistar algo através da briga ou apenas tentar marcar o seu espaço como é mostrado na cena final do filme, onde os protagonistas se agridem motivados pelo amor de uma prostituta. Aliás, esta ultima cena abre espaço para outra discussão, a banalização da violência. Os moradores da rua onde os personagens se digladiam observam com grande naturalidade este fato.
Perguntei-me: por que só vi este filme agora? Confesso que temi ser mais um filme brasileiro com velhos clichês, como a visão sobre a pobreza ou mais um romance urbano cheio de dramas. Vi que não era nada disso. Logo de inicio nos vemos em um “botequim” sujo e cheio de bêbados, sendo este o cenário onde os protagonistas se conhecem. Rapidamente somos introduzidos ao estilo de vida da personagem da ótima atriz Alice Braga.
Em seguida vem uma das cenas que mais me deixou inquieto: a rinha de galos. Logo depois esta cena confirma-se enquanto metáfora no momento em que o personagem de Wagner Moura é esfaqueado. Existe aí uma profunda comparação entre homem e animal, como o homem às vezes tem que conquistar algo através da briga ou apenas tentar marcar o seu espaço como é mostrado na cena final do filme, onde os protagonistas se agridem motivados pelo amor de uma prostituta. Aliás, esta ultima cena abre espaço para outra discussão, a banalização da violência. Os moradores da rua onde os personagens se digladiam observam com grande naturalidade este fato.
Alice Braga merece também grande destaque por ter exprimido tão bem a realidade de uma prostituta, desmistificando todo o glamour que é erroneamente atribuído a esta profissão através de novelas e alguns péssimos filmes.
Falando da parte técnica, a fotografia foi impecável (um recurso em que o Brasil mostra qualidade para americano nenhum botar defeito), sufocante quando necessário e suave em raros momentos. De inicio a montagem foi confusa, mas aos poucos nos moldamos a maneira de como o filme é apresentado.
Cidade baixa é um filme forte e inquietante, e com certeza merece um lugar de destaque no rol de bons filmes brasileiros.
10 comentários:
E ai Gustavo, blz?
Confesso que quando vi esse filme não tinha gostado tanto da cena final, mas ela ficou na minha cabeça. Depois eu fui perceber o quanto ela, e o filme como um todo, tinha de poético. Na verdade uma poesia bruta e melancólica, como pouco de ve no nosso cinema. Sou hoje fã incondicional do filme. Ao mesmo tempo que os personagens se consomem com seus dramas a relação que eles mantém entre si parecem estar cada vez mais intricadas e inseparáveis. Amor e amizade se misturam de tal forma que não sabemos como isso vai acabar. Belo filme. Abraço!!!
Você disse tudo Rafael!
PS: Teu blog tá muito massa!!
Cinema nacional não presta, só filhos da puta e pederastas gostam de tal aberração. Eita blog de filho da puta esse.
Esse cara é um mané mermo, abrir um email só pra ficar postando essas coisas aqui. tem o que fazer não é. vai procurar uma coisa pra fazer, filho da puta é vc.
Rpzz ainda nao vi esse filme!!
mas agora fiquei curiosa..
ta massa teu blog aki viu gustavo!!
gostei!!!
qndo quizer alguma opinião sobre folmes virei aki com certeza!!
xêro!!
..
*
Rpzz ainda nao vi esse filme!!
mas agora fiquei curiosa..
ta massa teu blog aki viu gustavo!!
gostei!!!
qndo quizer alguma opinião sobre folmes virei aki com certeza!!
xêro!!
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Ainda não vi o filme, mas sempre me chamou atenção!
O elenco é de tirar o chapéu...já vale o aluguel!
Ahh o seu discurso, comparando o homem com o animal me lembrou muito de "Amores Brutos", do Inarritu!
Se o filme for parecido com este, já ira me agradar...contando que não seja clichê!
Abraçooo
xD
http://eco-social.blogspot.com/
Nossa, gostei muito desse filme!
Forte, marcante, poético...exatamente o tipo de filme que o brasil precisa. Tb achei a narrativa frágil em alguns momentos, mas as cenas são bem elaboradas e cheias de entrelinhas!
Como Rafa disse, o final é espetacular! O desespero, os sangues dos amigos;inimigos se misturando, mostrando que aquele entrave não teria solução, os três estariam ligados de uma forma imutável.
Quanto a Lázaro, é hoje pra mim o melhor ator brasileiro, mas os outros tambés estão de parabéns!
abraços!
Andressa Cangussú
Creio que trata-se de um filme repleto de pós e contras. Ele é construído por padrões manjados do cinema brasileiro, mas os arquiteta a favor de uma história tocante sobre amor e amizade, como assim já anunciaram. As arrebatadoras atuação e o tocante desfecho vale muito mais do que todo o filme.
Excelente semana.
Ótima análise do Gustavo. Irei assistí-lo e posteriormente voltarei aqui para comentar melhor o assunto.
Parabéns pelo blog.
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