terça-feira, 16 de outubro de 2007

Eu os declaro...

Por: Mob Cranb

O que você é capaz de fazer por um amigo? Não qualquer amigo, mas aquele que, nos momentos mais difíceis, está ali do seu lado, lhe dando força? Aquele amigo de longas datas, que nunca mediu nenhum esforço pra lhe ajudar?

Possivelmente a sua resposta seria: Tudo, não é verdade?
Mas... você chegaria a casar com ele para que fosse resolvido um problema burocrático?

É esse o mote de Eu os declaro marido e... Larry (I Now Pronounce You Chuck and Larry) de Dennis Dugan com Adam Sandler, Kevin James, Jessica Biel, e Steve Buscemi.


Inspirado em um filme australiano chamado Strange bedfellows, Eu os declaro... segue as confusões arrumadas por dois amigos completamente heterossexuais que, para contornar um impasse burocrático, decidem armar uma união gay de mentira.

O bombeiro viúvo (James), devido a uma falha na lei, é incapaz de transferir seu seguro de vida aos filhos. A mudança só virá com um segundo casamento. Mas em quem confiar, já que é o futuro dos filhos que está em risco? Apenas em seu melhor amigo (Sandler), que acaba convencido por ele a fingir-se de parceiro gay para obter a tal alteração (viu como amigos são importantes?rs). O problema é manter as aparências da armação, ainda mais quando o personagem de Sandler se apaixona pela advogada do "casal" (Jessica Biel), e surge um oficial público encarregado de vigiar a suposta união (Steve Buscemi).

A idéia “engraçado” no filme é um bate-boca com um investigador antifraude (Buscemi) sobre o quão “gay” é o lixo do “casal” e que medidas devem ser implementadas para torná-lo “mais gay” (é claro que as providências incluem lubrificantes e CDs de Barbara Streisand). Ou um pastor especializado em uniões gay (Martin Short) que não consegue pronunciar a letra “r” por ser de origem asiática.

A proposta de não estereotipar os gays até que é uma boa pedida no filme, mas o complicado é que surgem trocentos outros tipos de preconceitos no desenrolar da história: com gordos, com loiras, com asiáticos...

Não é um filme por demais ruim, o roteiro da lá suas escorregadas, mas da pra rir de piadas inteligentes que, em alguns momentos aparecem. Entretanto, a última (sim, aquela onde todos se reúnem e cantam) é uma boa metáfora que da pra fazer uma boa discussão. Mas quem vai querer saber disso, depois de ver uma comédia, não é verdade, amigão?rs

5 comentários:

Wiliam Domingos disse...

Eh....amigo é pra isso e muito mais!
iahiahaiahi
A galera não gostou muito do filme não...eu tb acho a idéia meio chata! Mas só de ter Sandler no elenco já vale...
Uma comédia com toques inteligentes é sempre bem-vinda!
abraço!

Andressa Cangussú disse...

Não fui assistir ainda, mas Adam sandler sempre dá um jeitinho de deixar o filme mais divertido...

Achei interessante vc dizer que ao mesmo tempo que há piadas preconceituosas, as inteligentes aparecem...
Odeeeeio comédias ofensivas demais e de riso fácil o tempo todo, acho o equilíbrio com piadas inteligentes essencial!

Abraços!

Anônimo disse...

achei o sandler tão chatinho no filme... não curti a idéia, ou simplesmente não estrei 'na onda'.
falow!

Vinícius Lemos disse...

Taí um filme estranho: falar de gays, de preconceito, fazendo piadas com eles. Adam sandler não tem jeito msm!

Rafael Carvalho disse...

Muita gente achou o filme homofóbico, eu não. Mas tem alguns momentos que os estereótipos ficam um pouco exagerados. Dá pra dar umas risadinhas sim, mas nada tão demais, como era de se esperar.

Lá no Moviola Digital, resenha sobre alguns fimes do Lynch. Valeu!!