sábado, 29 de setembro de 2007

"A carne é fraca" - Documentário

Por: Flávio André








Comer carne é um hábito comum para nós seres humanos preocupados em, somente saciar nossa ânsia impulsiva exagerada de consumo. No entanto, ao assistir esse documentário brasileiro elaborado pelo Instituto Nina Rosa, nossa percepção sobre o caso referente torna-se bastante confuso e incômodo. Foi o que aconteceu comigo. O documentário traz diálogos de pessoas especializadas na análise deste fato. Eles levantaram polêmicas que eu nunca detectei como a questão da pobreza no mundo. Para ter um rebanho que suporte o que o mercado exigi, é necessário grande quantidade de água, comida e espaço. Alguns países não criam animais por haver ineficiência destes fatores. No Brasil a situação é diferente e ao mesmo tempo preocupante. 40% de toda a produção de soja do país é destinado a animais. Do outro lado, milhares de cidadãos brasileiros não fazem sequer uma refeição ao dia. É aquela velha história de que os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres. Outro fator levantado é a própria relação que o homem deve ter com o ambiente.




O capitalismo tem mascarado essa “antiga” relação de reciprocidade. O documentário mostra todo o percurso feito pela carne bovina e de aves que me sensibilizou muito. A parte mais chocante é quando a documentarista presencia pintinhos sendo triturados por não corresponder as exigências da empresa. Ao final ela recolhe 8 (oito) deste que iam sendo triturados e cria-os normalmente. Os matadouros mostram como o boi tem consciência do que está para acontecer com ele. A frieza é tamanha que não percebemos “desanimalidade” que ocorre. O documentário ainda problematiza a produção em larga escala de leite. A vaca é estimulada a produzir 10 (dez) mais do que normalmente produz e seus bezerros não podem usufruir de mamar na sua mãe. O que me chamo mais atenção foi o fato levantado no filme de que comemos carne como um fato supérfluo ligado intimamente com uma mídia manipuladora de idéias e hábitos. Essa mídia permite que uma minoria de empresários sejam beneficiados. As caricaturas das empresas de carne mostram uma falsa relação de respeito com a vida do animal.

Assistam... mas se não tentarem mudar essa situção é melhor continuar alienado com essa mídia globalizada e safada!

5 comentários:

Cine Ôba! disse...

A título de curiosidade, três dos quatro componentes do Cine Ôba são vegetarianos ( Gustavo Madruga, Mob Cramb e Flávio André).

Dr Johnny Strangelove disse...

ai é bom ...
não sabia que vcs são vegetarianos ...
esse tem que ser visto ...
abraços

Anônimo disse...

Acho complicado esse tipo de crítica que o filme faz, existe tanta coisa a ser questionada e o trabalho faz parecer que o mal do mundo se resume ao fato das pessoas comerem carne ou não. É um tipo de idéia de extremos, onde tudo se resume a SIM ou NÃO, quando sabemos q a coisa nao é bem por aí...
abraços e voltarei mais vezes

Unknown disse...

André Ourix:


Viva aos pobres animais...


...que nasceram para morrer em nossos pratos...

eu posso até ver esse filme, porem, nao vai mudar os meus habitos alimentares, pois, eu gosto de carne, e num foi midia nenhuma que me influenciou não

hehehehehehehehehehe


sou o CINEOBA-CARNIVORO, o unico desta especie

vlw companheiro vegetariano de blog

Hall disse...

Muito boa a análise sobre o documentário. Lembro-me de já o haver visto (não sei se era o mesmo), antes mesmo de optar por ser vegetariano - Sim, eu já fui vegetariano, cerca de 1 ano, ou seja, 365 dias...

...até um certo dia, quando minha família foi almoçar numa churrascaria e eu não pude me conter diante de um belo e suculento pedaço de picanha... hehehe

By the way, sejam felizes aqueles que optarem por devorar um boi ou não...