Por: Mob Cranb
O Festival de Cannes não podia passar em branco por aqui. Evitando delongas, vamos ao resultado final do 60º Festival.
4Meses, 3 Semanas e 2 Dias, do romeno Cristian Mungiu, confirmou o favoritismo e faturou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, além do prêmio da crítica internacional (o Fipresci). O 60º Festival consagrou um cinema emergente, cujo diretor, no discurso, afirmou que, antes do evento, nem tinha dinheiro para lançar o filme.
“Que esse filme sirva de incentivo para todos os pequenos cineastas do mundo”, declarou no domingo.O filme de Mungiu é polêmico: uma defesa pesada do aborto, que é ilegal na Romênia, a partir da história de uma garota que resolve fazer o ato clandestinamente e é acompanhada por uma amiga numa terrível peregrinação. Segundo as críticas, é um filme sem concessões e que mexe também com o lado ético.
O grande prêmio do júri (quase um segundo lugar do festival) ficou para o japonês Mogari No Mori, da diretora Naomi Kawase. Presidido pelo britânico Stephen Frears também destacou prêmios especiais para o mexicano Luz Silenciosa e a animação franco-iraniana Persépolis, baseada na HQ de Marjane Satrapi.
O americano Gus Van Sant ficou com o prêmio especial de 60º aniversário do festival, por Paranoid Park.A torre de babel prossegue nos outros prêmios, mostrando que, mais uma vez, o festival optou por ser salomônico e distribuir os prêmios por vários filmes. O melhor diretor é francês (Julian Schnabel, por Le Scaphandre et le Papillon), o melhor ator é russo (Konstantin Lavronenko, por Izganie) e a melhor atriz é coreana (Jeon Do-yeon, por Secret Sunshine).
Com exceção de Van Sant, os cineastas ficaram de fora dos prêmios ou só compareceram fora de competição. E Cannes teve esses diretores em profusão: Emir Kusturica, com Promise This; Stephen Soderbergh, com Treze Homens e um Novo Segredo; os irmãos Coen, com No Country for Olde Men; Wong Kar Wai, com My Blueberry Nights; David Fincher, com Zodiac; Quentin Tarantino, com À Prova de Morte; Michael Moore, com Sicko.
Houve homenagens a Henry Fonda e a John Wayne. E um filme brasileiro ainda saiu bem de Cannes: o curta Um Ramo, de Juliana Rojas e Marco Dutra, ganhou o Prêmio Kodak de curta-metragem na Semana da Crítica. Ótimo para o Brasil, mas infelizmente poucos poderão ver esse filme devido a quase não divulgação do gênero curta-metragem no nosso país. É uma pena!
4 comentários:
Você ainda foi esperançoso em dizer poucos verão "Um Ramo"..hiahiah
aqui no Brasil muitas pessoas nem sabem o que é curta-metragem!!! Infelizmente....
Gostei muito da premiação de Cannes em geral, apesar de não estar a dentro muito bem dos filmes...parece ter sido bem equilibrado! Ah e gostei da mensagem do diretor romeno para os pequenos cineastas....
ainda não te add nos favoritos, mas vou add ok!
Abraço
http://eco-social.blogspot.com/
Tenho esperança pq há festivais de Curtas, ai muitos trabalhos são conhecidos.Pelo menos aqui na Paraíba é bastante constantes esses festivais.=D
Rapaz eu sou pernambucano e por lá sempre ocrrem festivais deste tipo, o problema é a baixa divulgação e disponibilidade de recursos.
PS:Mesmo eu sendo um membro de Pernambuco, o blog tem como estado natal a Paraíba,onde 4 estudantes de história da UFCG(Eu,Mob,André Ourix e Flávio André) decidiram iniciar este trabalho.
O resultado dessa premiação em Cannes só nos faz ficar com vontade de ver filmes tão diversos. Geralmente os filmes que participam do maior festival de cinema do mundo são muito interessantes. Agora só esperar. Valeu Mob!!!
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