quarta-feira, 7 de março de 2007

Closer - Perto demais





Closer (2004) é um filme dirigido por Mike Nichols e mostra a história de dois casais, dilacerados por infidelidades. Dan (Jude Law) e Alice (Natalie Portman) conhecem-se nas ruas de Londres e apaixonam-se. Entretanto Dan, um escritor de obituários, fica obcecado por Anna (Julia Roberts), uma fotógrafa. Dan “apresenta” inadvertidamente Larry (Clive Owen) a Anna e os dois desenvolvem um relacionamento acabando por se casarem. No entanto existe uma química sexual entre Dan e Anna, e numa menor extensão entre Larry e Alice.
Os rituais, expectativas e tabus que regulam a vida emocional humana marcam presença nesta película. Por vezes de forma atroz, outras vezes de forma sarcasticamente engraçada e ainda outras tantas de forma vulgarmente apropriada. “Closer” é também um olhar provocador sobre o impacto da verdade e da mentira.
O material é forte e mordaz. Num ponto de vista físico, o filme não é violento, mas num plano emocional é absolutamente brutal. A qualidade emocional que “Closer” procura apresentar é poderosa e perturbadora. Nichols mostra de forma cruel mas verdadeira, o comportamento da maior parte da Humanidade. O ser humano regrediu e não passa de uma alma pútrida que se alimenta física e emocionalmente de outrem. Atua como um vírus que suga tudo o que lhe convém e quando esgota os recursos que procura na sua vítima, parte despreocupadamente para outro ser. A palavra amor tornou-se banal. A palavra “amo-te” é proferida por incautas bocas, que na realidade apenas vivem frívolas paixões. O filme enfatiza como o homem e a mulher se usam mutuamente como simples objetos sexuais. As personagens nunca emergem acima da sua libido. Das relações urbanas.
“Closer” é portador de uma representação soberba (Clive Owen), a fotografia capta maravilhosamente as emoções expressas nos rostos das personagens e o fato do filme fugir do convencionalismo cor-de-rosa dos filmes românticos de Hollywood é de salutar.
Existe imensa pornografia na linguagem e nem um flash de magia romântica. Até o momento em que Dan conhece Alice parece um anúncio publicitário de perfume. O sexo é usado como uma ferramenta nas lutas de poder e apesar da palavra “amor” ser mencionada algumas vezes, a sua colocação neste filme é forçada, pois as efémeras emoções não adquirem a harmonia ou transcendência do “Amor”.
Em “Closer” as relações permanecem enquanto satisfazem as partes. São relacionamentos nos quais se entra apenas pelo que cada um pode ganhar e se permanece apenas enquanto ambas as partes imaginam que estão proporcionando satisfações suficientes para permanecerem nas relações. Viver juntos é “por causa de” e não “a fim de”. É um filme para ver e rever, estando ou não amando.
Por: Mob Cranb

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Deve ser um filme bem massa!!!
A atuação de Julia Roberts deve ser bem diferente de "Um Lugar chamdo Nothing Rill"...um daqueles romances piegas que estamos acostumados a assistir (mas é bonzinho!)... pra quem gosta de desconfiança entre casais vale assitir "De Olhos bem fechados" de Santeley Kubrick (um mâniaco sexual, me desculpem ...kkkkkkkkkkkkkkkk)

Anônimo disse...

pqp nunca vi um filme tao imbecil, muito apelativo, e sem nenhum conteudo,