sábado, 18 de agosto de 2007

Monty Python - "Em Busca do Cálice Sagrado" - 1975

Por: Flávio André





Antes de tudo, Ni! Monty Python é, sem dúvida, um clássico da comédia televisiva e cinematográfica. Nunca assisti a filmes tão engraçados e que não deixam de trazer em suas piadas um fundo crítico, seja social, político ou cultural. Assisti somente “Em Busca do Cálice Sagrado” (Monty Python and the Holy Grail - 1975) e “A vida de Brian” (Monty Python's Life of Brian – 1979). Estou para escrever sobre um dos dois, mas não sei por qual falar. Os dois filmes são obras-primas (sem bajulação!). Mas hoje vou tentar expressar aquilo que senti ao assistir “Em Busca do Cálice Sagrado”. O filme é uma crítica a lenda do Rei Arthur e seus cavaleiros da Távola Redonda que, através de uma missão divina, arriscam-se em busca do cálice sagrado, uma das relíquias mais cobiçadas durante a Idade Média. Posso tirar várias cenas e retirar delas a crítica que os personagens desejam passar. Cenas como o diálogo do Rei Arthur e um camponês anarco-sindicalista que não aceita o reino deste sobre os bretões porque não houve voto e defende a causa operária contra os abusos dos burgueses. Esse momento anacrônico é hilário, pois sai do limite feudal e ultrapassa o seu objetivo geral do filme (se é que ele tem!). A cena da luta entre o Rei Arthur e o cavaleiro negro é uma pesada crítica a literatura cavalheiresca (numa visão muito romântica) que equipara o cavaleiro a um ser sobre-humano, na medida em que o Rei corta os braços e pernas do cavaleiro e mesmo assim este quer continuar a luta e ainda chama o outro de covarde. O momento onde os camponeses querem queimar uma mulher (acusando-a de bruxa) é desconcertante e ao mesmo tempo absurdo, contudo a realidade não estava muito distante deste fato. Tudo era um pretexto para acusação na “Santa” Inquisição.
Os cavaleiros que dizem Ni, nem se fala. As três perguntas na ponte da morte é absurdamente engraçada. As animações toscas que dividem o filme e representam o mostro do castelo que desaparece no mesmo instante no qual o suposto desenhista tem um enfarte foram extremamente cômicos. Sem falar que no final... que envolve aquela velha rivalidade entre franceses e ingleses. O filme não só ridiculariza a lenda (Percival nem aparece, os cavaleiros são covardes e nem possuem cavalos), como ainda “toca” em algumas feridas da sociedade britânica (e por que não dizer da nossa?). Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones ficaram na nossa memória. Mesmo não estando acostumados a essas comédias-críticas, vale a pena assitir. Rir nunca é demais. Ni! Ni! Ni! Ni!

3 comentários:

Vinícius Lemos disse...

Cara esse filme é um sucessão de cenas hilárias! Ainda estou pra ver algo mais engraçado q Em Busca do Cálice Sagrado!!!

Wiliam Domingos disse...

Adoro cenas marcantes e hilárias....não conheço este filme, mas já me enteressei!
Abraço

Anônimo disse...

Puxa - oq são os cavaleiros do NI é um tipode comédia quenunca mais o cinema viu.
abraços