
O documentário Fahrenheit, dirigido por Michael Moore e lançado em Julho de 2004, retratara a história da crítica administração do governo do então Presidente da República naquele dado momento, George W. Bush. Através de um humor peculiar e irreverente, o cineasta procurou revelar ao mundo todas as “armas” utilizadas por Bush para conquistar a reeleição, já que a sua administração estava deixando a desejar para os norte-americanos, de acordo com pesquisas políticas realizadas no país.
No decorrer do documentário, Michael Moore também traça paralelos entre as duas gerações da família Bush, como também destaca as relações existentes entre George W. Bush e a família de Osama Bin Laden, apontado como o principal responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro. Consequentemente, pode-se perceber que Bush possuía, ou ainda possui, estreitas relações com a Arábia Saudita, inclusive com a família de Bin Laden.
Coincidentemente ao filme “Mera Coincidência”, dirigido por Barry Levinson, no qual o presidente dos Estados Unidos se envolve numa guerra fictícia num país distante e sai como herói nacional, George W. Bush também agiu de forma semelhante. A diferença é que o mundo presenciou, naquele 11 de setembro, cenas chocantes, horríveis e comoventes. Vendo que a crise mundial havia se instalado de vez após os ataques terroristas, Bush articulou ações que viabilizassem sua permanência por mais quatro anos na Casa Branca. Dessa forma, o presidente norte-americano ordenou o ataque ao Afeganistão, alegando que Saddam Hussein, então membro do grupo terrorista “Taliban”, escondia no país armas nucleares que ofereciam ameaça a paz do mundo, sobretudo aos EUA. No decorrer dos ataques, milhares de crianças, mulheres, homens e idosos morreram, e apenas “alguns” membros do Taliban. Através do documentário, Michael Moore mostrou que tudo isso inevitavelmente não passou de uma estratégia lançada por Bush, uma vez que, em discurso proferido em 2000, ele mesmo afirmou que o Afeganistão não oferecia qualquer risco as nações do mundo.
O documentário Fahrenheit, sob a ótica de Michael Moore, procurou retratar aquilo de que ainda não era conhecimento do público, ou seja, o possível envolvimento de George W. Bush com os saudistas e, sobretudo, com Osama Bin Laden, como também as estratégias utilizadas pelo presidente norte-americano nos ataques proferidos ao Afeganistão, para almejar a sua conquista de reeleição por mais quatro anos como presidente da República dos EUA.