quarta-feira, 16 de julho de 2008

EL CID: Um Épico "Charltiano".


POR GUSTAVO MADRUGA

O épico dirigido por Anthony Mann é uma releitura cinematográfica do mito criado em torno do cavaleiro Rodrigo Díaz de Vivar (Charlton Heston), apelidado por alguns Mouros de “El Cid”(o senhor). O herói espanhol nascido em Burgos e morto em Valência no ano de 1099 é o protótipo ideal de cavaleiro do século XI. Seus códigos morais e ideais de fidelidade são bastante explorados pelo filme, assim como o cotidiano desses nobres e seus rituais de defesa da honra.

Tudo se inicia quando Rodrigo liberta cinco mouros capturados em uma batalha, com isso o herói é acusado de traição por parte dos seus conterrâneos de Castela, mas por outro lado, ele adquire um grande respeito de alguns mulçumanos das camadas mais elevadas. Seu laço estreito com alguns mouros propiciou num momento delicado de sua vida uma aliança com Al-Muqtadir, soberano de Zaragoza, mas este logo veio a falecer, sendo substituído por seu filho Al-Mutamin que também se manteve aliado de Rodrigo. Vale ressaltar que mesmo servindo a cristãos e mulçumanos, Rodrigo Díaz de Vivar não quebrou o código de lealdade dos cavaleiros, apenas tinha um grande tino diplomático. A partir destes eventos se desenrola toda a trama envolvendo os critãos e mulçumanos no filme.

O filme em si é bem o estilo Charlton Herston: épico com grandes turbilhões e batalhas fomentadas pela religião. Não tenho muito o que falar da pelicula em si, mas vamos lá. No quesito direção Mann se manteve "na dele" fez o "feijão com arroz" do estilo. Há uma grandiosidade exposta através dos cenários e locações externas, pena que estas presenciaram mornas batalhas. Sophia Loren se encarrega em dar beleza, graciosidade e delicadeza ao filme ao interpretar a mocinha. Basicamente é isto, vapt e vupt!

4 comentários:

Wiliam Domingos disse...

Prefiro as grandiosidades do David Lean, não sou muito fã do genêro...! Mas a trama desse tem um charme inédito...
Abraço

Vinícius Lemos disse...

Sabe aquele tipo de filme que voê não sabe o motivo, mas sempre teve certa aversão? El Cid é um deles, sempre recomendado por amigos de locadoras, mas do qual eu me esquivei a vida toda! Com essa resenha me deu até certa vontade de conferir, mas não posso dizer que foi tanta assim...

Vinícius Lemos
http://blogcinefilia.zip.net

Gustavo H.R. disse...

Heston, outro grande que se foi neste ano.
Nunca vi nenhum de seus épicos, logo, mesmo que seja um "feijão-com-arroz" do diretor, deve valer a pena ser conferido. Afinal, naquela época Hollywood estava no auge da prática de se fazer grandes épicos.

Ramon disse...

El Cid é bem famoso, mas nunca conferi. Depois de sua resenha continuo na mesma. Senti que não é nenhum clássico imperdível.
Quem sabe um dia!

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Abs!