sábado, 26 de setembro de 2009

Fahrenheit: terrorismo ou anti-patriotismo?

Por: Igor Nobrega




O documentário Fahrenheit, dirigido por Michael Moore e lançado em Julho de 2004, retratara a história da crítica administração do governo do então Presidente da República naquele dado momento, George W. Bush. Através de um humor peculiar e irreverente, o cineasta procurou revelar ao mundo todas as “armas” utilizadas por Bush para conquistar a reeleição, já que a sua administração estava deixando a desejar para os norte-americanos, de acordo com pesquisas políticas realizadas no país.
No decorrer do documentário, Michael Moore também traça paralelos entre as duas gerações da família Bush, como também destaca as relações existentes entre George W. Bush e a família de Osama Bin Laden, apontado como o principal responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro. Consequentemente, pode-se perceber que Bush possuía, ou ainda possui, estreitas relações com a Arábia Saudita, inclusive com a família de Bin Laden.

Coincidentemente ao filme “Mera Coincidência”, dirigido por Barry Levinson, no qual o presidente dos Estados Unidos se envolve numa guerra fictícia num país distante e sai como herói nacional, George W. Bush também agiu de forma semelhante. A diferença é que o mundo presenciou, naquele 11 de setembro, cenas chocantes, horríveis e comoventes. Vendo que a crise mundial havia se instalado de vez após os ataques terroristas, Bush articulou ações que viabilizassem sua permanência por mais quatro anos na Casa Branca. Dessa forma, o presidente norte-americano ordenou o ataque ao Afeganistão, alegando que Saddam Hussein, então membro do grupo terrorista “Taliban”, escondia no país armas nucleares que ofereciam ameaça a paz do mundo, sobretudo aos EUA. No decorrer dos ataques, milhares de crianças, mulheres, homens e idosos morreram, e apenas “alguns” membros do Taliban. Através do documentário, Michael Moore mostrou que tudo isso inevitavelmente não passou de uma estratégia lançada por Bush, uma vez que, em discurso proferido em 2000, ele mesmo afirmou que o Afeganistão não oferecia qualquer risco as nações do mundo.

O documentário Fahrenheit, sob a ótica de Michael Moore, procurou retratar aquilo de que ainda não era conhecimento do público, ou seja, o possível envolvimento de George W. Bush com os saudistas e, sobretudo, com Osama Bin Laden, como também as estratégias utilizadas pelo presidente norte-americano nos ataques proferidos ao Afeganistão, para almejar a sua conquista de reeleição por mais quatro anos como presidente da República dos EUA.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Boca de Lixo




Por: Igor da Nóbrega Gomes

O documentário Boca de Lixo, do diretor Eduardo Coutinho, revelava a vida de milhares de famílias, ao final da década de 1980, no conhecido Vazadouro de Itaoca, município de São Gonçalo-RJ, que tiravam o seu sustento catando lixo. A situação de miserabilidade era evidente, mas trabalhar no lixão era, na maior parte das vezes, a única alternativa que muitas famílias tinham, já que o Brasil, nesse dado momento, enfrentava uma das piores crises de sua história, que ficou conhecida como a “década perdida”. “Meu marido é pescador. Tem dia que ele arranja, mas tem dia que não arranja. Por isso eu tenho que me virar por aqui”, afirmou Lúcia, uma das personagens entrevistadas. Entretanto, em alguns casos, o sentimento de orgulho em trabalhar no lixão era evidente. “Quando eu to no lixão, sou uma pessoa completamente diferente de que quando estou em casa, pois lá eu brinco, lá eu falo”, complementou Lúcia.
Percebeu-se também no decorrer do documentário que, grande parte dos catadores de lixo, não gostavam de seguir uma escala hierárquica no que diz respeito ao trabalho, nesse caso tomando como referência o trabalho executado em casas de família. Tal fato pode ser verificado quando a personagem Cícera lançou a idéia de que “não gostava de ser comandada”. “Já trabalhei em casa de família, e não gosto de ser mandada”, explicitou Cícera. Acrescente ainda que, catar papel, papelão, latas, enfim, ferro-velho, dava muito mais lucro aos catadores de lixo do que trabalhar como empregado doméstico.
Outro ponto importante a ser destacado no documentário é que as pessoas que trabalhavam no lixão eram tidas como acomodadas, que não tinham perspectiva alguma quanto ao futuro. “Qualquer coisa pra mim tá bom... Eu não tenho mais o que ganhar, explicou Cícera.
Por fim, o documentário revelou a surpresa de milhares de famílias que, ao se verem na televisão, exibida no carro da equipe que realizou o documentário. Enfim, revelou o espanto e, ao mesmo tempo, o fascínio de mulheres, crianças, nordestinos... que apenas queriam ser vistos com cidadãos dignos, ao meio de uma sociedade egoísta e preconceituosa.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Amizade,esperança e aspirinas

Por: Djanira Gomes - Lilianne Jerônimo - Mirvan Lúcio - Vanessa Leite


Fugir de uma realidade desumana e procurar uma vida melhor longe do seu lugar. Foi enfrentando esse desafio, que o alemão Johann (Peter Ketnath) e o nordestino Ranulpho (João Miguel) se conheceram. Johann fugia do derramamento de sangue da Segunda Guerra Mundial. Para isso, ele percorria o Brasil em um caminhão velho vendendo Aspirina – “o fim de todos os males” – e fazendo propagando do seu produto através de filmes exibidos em um cinema improvisado. Já Ranulpho, fugia do sol quente e da falta de água típicos do Sertão paraibano, seguindo rumo ao Rio de Janeiro.

O filme Cinema Aspirinas e Urubus (2005), do diretor Marcelo Gomes, pega carona na história desses dois personagens para levar ao público uma mensagem onde a esperança de uma vida melhor serve de motivação para uma longa jornada, cheia de surpresas.

Essa aspiração por uma mudança de vida também fica explicita no drama vivido por Jovelina (Hermila Guedes), que, depois de ser expulsa de casa pelo pai, vai tentar sobreviver em Recife, na companhia de sua irmã. Ou no grande número de pessoas que buscavam novos horizontes partindo para a Amazônia em busca de melhores oportunidades trabalhando nos seringais.
Embora seja ambientado na década de 40, o longa mostra uma realidade que, ainda hoje, se encontra ativa no Brasil, a migração para os grandes centros à procura de melhores condições de vida. Apesar de o fluxo ter diminuído bastante, influenciado principalmente pelo desemprego, violência e auto custo de vida nas capitais, muitos brasileiros ainda sonham em conseguir um lugar ao sol deixando sua cidade natal e partindo para as grandes cidades.

Johann faz o caminho oposto, sai da região Sudeste e vem para Nordeste na esperança de escapar dos campos de concentração e das notícias da guerra. Ele também almeja uma vida nova, longe da dura e violenta realidade vivida pela sua família na Alemanha. Assim como fizeram muitos outros europeus durante o período da Segunda Grande Guerra.

Filmes ambientados na região Nordeste, além de mostrar a miséria e seca, também dão ênfase à esperança e a coragem do nordestino. Cinema Aspirinas e Urubus é filme que traz também a generosidade do povo nordestino, sempre pronto a ajudar a quem necessita. Por mais que as condições sejam poucas e as dificuldades sejam grandes, o sertanejo tem como marca forte a disposição de ajudar. Isso é marcante no filme, quando Johann é picado por uma cobra é acolhido em casa por uma família que mal tinha como se sustentar ou nas vezes em que ele precisou de água e que, mesmo na seca, lhe deram de beber.

O longa vai além de um filme que conta a história de dois viajantes. Ele traduz os anseios de um povo que sonha com uma vida melhor, e que, mesmo enfrentando diversas barreiras, tentam novas oportunidades.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Por: João Batista Alves ,Olavo Silva ,Igor Nóbrega e Roberlucio Cézar

O filme O NEVOEIRO (The Mist) do diretor Frank Darabont; aparenta ser um filme de terror não diferente de tantas outras produções baseadas na quilométrica obra do mestre do terror Stephen King.

O nevoeiro tem seu enredo numa cidadezinha perdida onde os moradores são quase todos conhecidos e compartilha com diferentes formas de pensamentos e modos de vida. Uma terrível tempestade acontece e todos saem de suas casas para adquirir suprimentos em único supermercado da cidade.

Nos conflitos sócias demonstrados no filme podemos perceber a difícil convivência em harmonia do ser humano, quando depende uns dos outros, um grande nevoeiro encobre a cidade e ai começa os conflitos do filme.

É nesse meio que David Drayton (Thomas Jane), um artista que cria cartazes para filmes de Hollywood, tem que sobreviver e ainda tomar conta do seu filho Billy (Natan Gamble). As coisas já não vão lá muito bem, mas ficam um pouco piores quando a Sra. Carmody, muito bem interpretada por Marcia Gay Harden, uma fanática religiosa sedenta de poder, começa a influenciar as pessoas através do medo.

O roteiro deste filme mostra o verdadeiro terror humano e faz com que o telespectador pare um pouco para refletir aonde esta, e de onde veio, já que o filme mostra o confronto da ciência e da religião quando as pessoas procuram as respostas para esse drama.

Os conflitos existentes entre os poderes humanos ficam claro quando um juiz se apresenta com sua tese de dono da verdade, uma religiosa apavora a todos com sua fé e outro grupo tenta enfrentar a realidade da vida, os monstros que aparecem no filme são grandiosos, mas tornam-se muitos pequenos quanto as monstruosidade que os humanos são levados a se tornar quando divergem em suas opiniões.

Enfim o modo como o diretor Frank Darabont tenta mostrar em seu filme a intranqüilidade que as pessoas vivem na terra em busca das respostas, fica demonstrado com o final do filme surpreendente quando o ator Thomas Jane (David Drayton) perde a esperança. Assistam ao filme, pensem e veja que ele nos leva a refletir, se já esta na hora de descobrirmos quando vamos sair desse invólucro nevoeiro do mundo moderno para descobrirmos o real sentido a qual iremos.

domingo, 16 de novembro de 2008

VIDAS ENCARCERADAS

Por: Amanda Katiuscia, Ilksa Nóbrega, Raynério e Rosa Élida

Os avanços tecnológicos juntamente com os meios de comunicações de massa, contribuíram para a formação de uma sociedade heterogênea.

O mundo tornou-se uma aldeia global, sem fronteiras, onde as pessoas passaram a ter acesso a culturas, como também a informações de todas as partes do mundo, causando então uma transformação no modo de pensar e agir de cada cidadão. Estas mudanças são resultado da evolução dos meios de comunicação, como exemplo: jornal, revista, televisão, rádio e principalmente a Internet, que com tantas variedades de informações, deixou os indivíduos confusos do que realmente almejam para seu futuro.

Tornaram-se seres "alienados", dando prioridade apenas a questões banais, esquecendo o que é fundamental para uma sociedade digna de seus princípios. Onde o individualismo é quem conduzem para o isolamento e distanciamento muitas vezes sem volta, resultando em pessoas totalmente fechadas umas para com as outras, passando a viver apenas de ilusões e ansiedades.

Este fato é muito bem retratado no documentário Edifício Master de Eduardo Coutinho. Durante sete dias, uma equipe de cinema filmou o cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 apartamentos conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Foram entrevistados 37 moradores e assim, o documentário conta a história de pessoas comuns, não famosas, com bastante conhecimento e experiências de vida, com histórias impressionantes que poderiam ser divididas entre elas, mas isso não acontece, porque algumas já se acostumaram a viverem isoladas e as demais até gostariam de interagir, mais sentem medo de aproximar-se, por não ter idéia da reação que poderia causar.

Será que a educação e a delicadeza estão perdendo espaço para a vulgaridade e para a falta de respeito ao próximo?, Portanto, não podemos deixar que a essência da vida seja levada pela aparência destruidora, sendo assim, devemos fazer nossa parte, contribuindo para formação de uma sociedade de mentes saudáveis e compreensíveis.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"Dadinho o caral***...

Por: Mob Cranb

... meu nome agora é Coringa", isso mesmo C-O-R-I-N-G-A!

A brincadeira com uma das frases mais famosa de Cidade de Deus se deve pelo fato de JOKER (também conhecida como a HQ do Coringa), a mais recente graphic novel da DC traz uma cena que relembra e, de certa forma faz uma homenagem ao filme do Fernando Meirelles. E pior que ficou legal, saca só:



JOKER tem roteiros de Brian Azzarello (100 Balas) e desenhos de Lee Bermejo.

Aqui tem um texto interessante sobre tais "homenagens" ou plágios!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Garganta Profunda celestial

Por: Mob Cranb



Gerard Damiano, diretor de Garganta Profunda (1972), morreu na última segunda-feira (27), na Flórida, aos 79 anos, de complicações cardiovasculares. Estrelado por Linda Lovelace, fez história como o primeiro filme de sexo explícito exibido em larga escala.

O filme custou US$ 25 mil e rendeu mais de US$ 600 milhões. Fez tanto barulho que teve até influência política: Garganta Profunda foi como os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein chamaram seu informante nas matérias sobre o escândalo Watergate.

Damiano dirigiu mais de 50 produções pornô - entre elas, outro clássico do gênero: O Diabo na Carne de Miss Jones (1973). O restante de sua produção é descrita como nada digno de nota, mas Garganta Profunda segue fazendo barulho: este mês entrou na lista dos cem filmes mais importantes do cinema, segundo a revista Radio Times.

Em 2005 passou por aqui, em alguns festivais de cinema, o documentário Por dentro da Garganta Profunda que busca ser um retrato fiel do que ocorreu na política e sociedade americana após o lançamento de Garganta Profunda na década de 70.

Que desejar ver os quatro minutos mais comportados de "Garganta Profunda" basta clicar.



terça-feira, 2 de setembro de 2008

Doces

Por: Mob Cranb


Por essa, nem eu mesmo esperava!

Já imaginou aqueles monstrinhos "fofos" do Gremlins participando de "O Exorcista" ou "Batman", por exemplo? Não, né?

O negócio é que um tal de Sacha Feiner resolveu fazer essa brincadeira e, particularmente, achei bem legal. Quer ver? Clica aqui pois vale a pena dar uma olhada!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Saindo do armário

Por: Mob Cranb


Filmes que falam sobre "os diferentes" sempre existiu e sempre existirá. Há dez anos era lançado Get Real que, de imediato, tem uma história bem previsível: Adolescente que se apaixona pelo cara mais bonito do colégio. Até ai normal, mas o tal adolescente é um garoto e, o que seria uma história água com açucar acaba ganhando uma nova dimensão.

Sinceramente, antes desse filme, nunca havia ouvido falar dos atores Ben Silverstone (o adolescente gay), Brad Gorton (o cara bonitão que é gay mas que finge que não é) e Charlotte Brittain (a adolescente cabeça e obesa).

Além de falar da questão de ser gay (diferente) trata ainda da questão da obesidade (diferente) e como, em ambos os casos, é difícil se aceitar pois acaba sempre fugindo do que é considerado "normal" pela sociedade, muitas vezes hipócrita (que o diga Beleza Americana, por exemplo).


Get Real acaba sendo um filme (quase) de alto ajuda para aqueles que, realmente, querem se livrar da "culpa" e sair do armário ou se assumir como "diferente", seja sobre qualquer coisa. Mas também é uma amostra de como pode ser difícil para jovens gays aceitarem-se, e de como é ainda mais difícil assumir-se diante das outras pessoas.

Não é um filme fácil, mas também não é o melhor filme que trata sobre esse assunto. Mas é daqueles que digo: Se você for gay, é bom assitir com seus pais, de repente ficará mais fácil eles aceitarem.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sozinho contra todos (Gaspar Noé)

Por Gustavo Madruga

Há muito tempo um filme não me deixava tão angustiado. Aliás, a angústia é a regente principal deste ótimo filme, a solidão humana é exposta de maneira muito peculiar tendo como cenário um subúrbio imundo de Paris. SEUL CONTRE TOUS (Sozinho contra todos) é a continuação do média metragem CARNE do diretor GASPAR NOÉ - no longa a história é rememorada, quem não viu o média não ficará voando - que faz uma mistura de INCESTO, ABORTO, SEXO, VIOLÊNCIA, SOLIDÃO e outros elementos tão semelhantes e tão díspares que seria impossível listá-los.

Quem conhece o diretor através do filme Irreversível pode esperar semelhanças, mas estas só aparecem na parte estética com uma fotografia onde predominam os tons amarelados; e na jornada dos personagens principais: em Irreversível a busca pela vingança, em SEUL CONTRE TOUS a busca pela sobrevivência num mundo podre, onde todos estão sozinhos contra todos(!).

O filme conta a história do Açougueiro (Philippe Nahon) que cria sozinho uma filha com problemas mentais. Ele vive tendo tentações a respeito do corpo em formação da garota, deixando um clima de coflito interno toda vez que pai e filha interagem. Ao pensar injustamente que a filha foi violentada por um trabalhador da construção civil, o Açougueiro retalha o rosto do inocente e vai parar na cadeia. Para conseguir a liberdade acaba perdendo tudo, inclusive a filha.

Vale muito conferir esta obra prima do polêmico diretor Gaspar Noé, que faz questão ao longo de sua filmografia expor os limites sentimentais humanos.

FRASES MARCANTES:
"viver é um ato egoísta"
"Sobreviver é uma questão de genética"
"Nós nascemos sozinhos vivemos sozinhos e moremos sozinhos(...)Até quando fodemos estamos sozinhos".

CURIOSIDADE:
personagem do açougueiro aparece logo no início do filme Irreversível num fétido quarto de hotel vagabundo dizendo que "O tempo destrói tudo".

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Encarnação do Demônio

Por: Mob Cranb







O tão falado (e aplaudido pela crítica internacional) Encarnação do Demônio teve estréia nacional na última semana.

O filme a trilogia que começou com À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964) e Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967). Todos sabem o motivo da demora para finalizar a trilogia,né? Aiai, esse cinema brasileiro...

A surpresa é que a trilha sonora do fimle, que foi composta por André Abujamra e Márcio Nigro, está disponível na íntegra para download aqui.
Você poderá ouvir e, se quiser, baixar as 19 faixas e, caso possa, fique sempre dando uma passadinha lá no My Space do filme pois o Zé do Caixão prometeu, para breve, vídeos onde ele aparece rogando pragas nos seguidores da rede social.
As músicas são essas:

•A Encarnação do Demônio
•De volta ao trono
•Faca na goela
•Um bar
•Execução
•O enterro
•No cemitério
•Reminiscências
•O filho de Laura
•Autoflagelo
•Noite de cão
•Purgatório
•Espírito de porco
•Velório
•Caça ao demônio
•O tridente e a cruz
•Sangue imortal
•Continuidade do sangue
•Praga

quarta-feira, 16 de julho de 2008

EL CID: Um Épico "Charltiano".


POR GUSTAVO MADRUGA

O épico dirigido por Anthony Mann é uma releitura cinematográfica do mito criado em torno do cavaleiro Rodrigo Díaz de Vivar (Charlton Heston), apelidado por alguns Mouros de “El Cid”(o senhor). O herói espanhol nascido em Burgos e morto em Valência no ano de 1099 é o protótipo ideal de cavaleiro do século XI. Seus códigos morais e ideais de fidelidade são bastante explorados pelo filme, assim como o cotidiano desses nobres e seus rituais de defesa da honra.

Tudo se inicia quando Rodrigo liberta cinco mouros capturados em uma batalha, com isso o herói é acusado de traição por parte dos seus conterrâneos de Castela, mas por outro lado, ele adquire um grande respeito de alguns mulçumanos das camadas mais elevadas. Seu laço estreito com alguns mouros propiciou num momento delicado de sua vida uma aliança com Al-Muqtadir, soberano de Zaragoza, mas este logo veio a falecer, sendo substituído por seu filho Al-Mutamin que também se manteve aliado de Rodrigo. Vale ressaltar que mesmo servindo a cristãos e mulçumanos, Rodrigo Díaz de Vivar não quebrou o código de lealdade dos cavaleiros, apenas tinha um grande tino diplomático. A partir destes eventos se desenrola toda a trama envolvendo os critãos e mulçumanos no filme.

O filme em si é bem o estilo Charlton Herston: épico com grandes turbilhões e batalhas fomentadas pela religião. Não tenho muito o que falar da pelicula em si, mas vamos lá. No quesito direção Mann se manteve "na dele" fez o "feijão com arroz" do estilo. Há uma grandiosidade exposta através dos cenários e locações externas, pena que estas presenciaram mornas batalhas. Sophia Loren se encarrega em dar beleza, graciosidade e delicadeza ao filme ao interpretar a mocinha. Basicamente é isto, vapt e vupt!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Mais do mesmo

Por: Mob Cranb

No sábado passado, bebendo com alguns amigos, um falou: "Pô, essa hora o José Saramago deve estar vendo a versão de 'Ensaio sobre a Cegueira' com o Meireles." E eu retruquei: "Bah! Dane-se o que Saramago achar do filme. O importante é você, eu, ele gostar." E a conversa acabou por ali.

Sei que fui grosso e, vendo esse vídeo agora, me senti mais culpado ainda.

Mas depois, vendo esse artigo do Meireles, que foi publicado pela Ilustrada, vi que não preciso me sentir tão "culpado" assim e, não importa o que os outros acham ou deixam de achar, devemos continuar fazendo nosso trabalho. “É isso que faço sempre”, diz Saramago no artigo.

Por Fernando Meirelles

Depois de uma semana que pareceu uma verdadeira montanha russa emocional, saí de Cannes no sábado e fui para Lisboa mostrar o filme “Ensaio sobre a Cegueira” para o autor da história, José Saramago.

Por meses, antecipei o quanto a sessão me deixaria ansioso _e não estava errado.
Infelizmente, o cine São Jorge, que nos foi reservado, não tinha projeção digital, então foi improvisado um sistema para passarmos nossa fita. Pensei em desistir de mostrar o filme ao ver um teste da projeção, mas o escritor já estava na sala de espera e, em respeito ao compromisso, achei melhor ir em frente.

Sentei-me ao seu lado, expliquei aos poucos amigos presentes que só havia legendas em francês e começamos a ver o filme. Sofri cada vez que uma imagem não aparecia ou que uma música mal soava. Ele assistiu ao filme todo mudo e sem reação nenhuma.

Ao final da sessão, quando os créditos começaram a subir, sua mulher, Pilar, debruçou-se sobre Saramago e me agradeceu, emocionada. Silêncio ao meu lado. Antes de terminar os créditos principais, as luzes do cinema foram acesas, eu ousei olhar para o lado e vi que ele fitava a tela sem reação, como se estivesse interessado no nome dos assistentes de cenografia que passavam.
Deu tudo errado, pensei. Toquei seu braço levemente e lhe falei que ele não precisava comentar nada naquele momento, mas, então, com uma voz embargada, ele me disse, pausadamente: “Fernando, eu me sinto tão feliz hoje, ao terminar de ver este filme, como quando acabei de escrever ‘O Ensaio sobre a Cegueira’”.

Apenas agradeci e ficamos ali quietos. Dois marmanjos segurando as próprias lágrimas em silêncio. Ele passou a mão nos olhos, disfarçando a sua.Pensei no meu pai. Emoção sólida, dessas que se pode cortar em fatias com uma faca. Num impulso, beijei sua testa. Na conversa e no jantar que se seguiram, ele disse que não considera o filme um espelho de seu trabalho e que nem poderia ser assim, pois cada pessoa tem uma sensibilidade diferente.

Disse ter gostado da experiência de ver algo que conhecia, mas que, ao mesmo tempo, não conhecia. Falou que o filme não era perfeito, mas que nunca havia assistido a um filme perfeito. Comentou algumas imagens que o emocionaram especialmente e disse ter achado o nosso Cão das Lágrimas muito doce; preferia que fosse mais agressivo.

Quando lhe contei sobre as críticas favoráveis e contrárias ao filme em Cannes, incluindo a da Folha, ele imediatamente lembrou e recontou aquela historinha do velho que vem puxando um burro montado por uma criança.

Um passante vê aquilo e acha absurdo a criança estar montada enquanto um velho caminha, então eles invertem a posição. Outro passante cruza com o grupo e reclama da situação: “Como um adulto deixa uma criança a pé enquanto vai confortavelmente montado?”. Então, os dois montam no burro, mas alguém acha aquilo uma crueldade com um animal tão pequeno.
Finalmente, resolvem ambos carregar o burro nas costas, até que outro passante observa como são estúpidos por carregar o animal. E, enfim, o velho decide voltar para a primeira situação e parar de dar importância ao que dizem.

“É isso que faço sempre”, concluiu o escritor.

Acabo de deixar José Saramago e sua mulher no Ministério da Cultura de Portugal, onde está sendo exibida uma retrospectiva de seu trabalho e sua vida.

Houve uma pequena coletiva de imprensa ali, depois de visitarmos juntos a exposição. Meu filminho de menos de duas horas me pareceu muito insignificante ao ser colocado ao lado daquela obra de uma vida inteira.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Exposição Star Wars

POR GUSTAVO MADRUGA

Fui o membro escolhido para ir a São Paulo visitar a exposição STAR WARS e relatá-la de maneira sintática neste humilde blog.

EPISÓDIO I: A descida do porão das artes e a entrada na exposição.

Ao descer rampa que dá acesso ao porão das artes, a expectativa começa a invadir o meu corpo de jedi (kkk). Quando entrei e escutei a trilha sonora, que é uma das mais marcantes do cinema, fiquei eufórico, agi como criança em loja de brinquedos. Vi toda a cronologia da série exposta de maneira muito legal na parede, além de robôs e naves do tamanho de um "comandos em ação". O ponto alto foi ver um "storm trupper" caminhado por todo o saguão.

EPISÓDIO II: Vagando pela exposição.

A exposição é composta por mais de 200 itens utilizados nos seis filmes da série: fantasias, naves, maquetes, story boards, sabres de luz e etc. Fica difícil descrever de maneira confortavel aqui no blog os detalhes desta exposição, mas de maneira sintética dou a dica: as melhores peças são a roupa de Chewbacca, as naves, e o local dedicado ao Lord Darth Vander.

PONTO NEGATIVOS: Preço dos ingressos (30 reais); Preço dos brindes (Um chaveiro que custa em média 6 reais estava sendo vendido por 12 reais!!!).

Star Wars Brasil
Local: Porão das Artes, Parque do Ibirapuera, São Paulo
Aberto: de segunda a domingo (5 de março a 29 de junho)
Horário: das 9 às 22 horas (bilheteria até as 21 horas)
Ingresso: R$ 30
Hora marcada: R$ 40 (com tolerância de 15 minutos de atraso)
Tempo estimado de visitação: 1h30

terça-feira, 29 de abril de 2008

"Blindness" abrirá Festival de Cannes

Por: Mob Cranb

Essa notícia estou reproduzindo ips literis da France Press:



O brasileiro Fernando Meirelles, abrirá a 61ª edição do Festival de Cannes, com o filme A Cegueira (Blindness), anunciaram nesta terça-feira os organizadores.


Meirelles foi incluído na seleção oficial do festival, que acontece de 14 a 26 de maio, junto com o francês Laurent Cantet e o americano James Gray, completando a seleção de 22 filmes.


Blindness é uma adaptação do romance "Ensaio Sobre a Cegueira", do português José Saramago, e conta com estrelas como Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover e o mexicano Gael García Bernal.

O filme conta a história de uma misteriosa epidemia de cegueira que se abate sobre uma cidade moderna e anônima.

Enquanto "A cegueira" não é lançado, ainda nesta semana, estaremos publicando por aqui, o texto de Gustavo Madruga, nosso enviado à Mostra "Star Wars" que está rolando em São Paulo. É esperar para ver!